Já faz quinze anos que a Escola Daniel Sampaio participa sem interrupção em projetos internacionais – metade da vida da escola.
Após um intercâmbio com uma escola de Itália em 1998, que não teve continuidade, pode dizer-se que a história começou no ano letivo de 2002-2003, com a integração da primeira parceria multilateral, na altura no âmbito do antigo programa Socrates-Comenius.
Quatro anos depois, começaram os intercâmbios de estudantes, a partir de parcerias bilaterais com escolas da Holanda, Hungria, Bélgica e Alemanha, dos quais se têm vindo a manter os dois primeiros, já por onze anos letivos consecutivos.
Mas o projeto mais recente é o SMiLES (Strenghtening Methodologies in Learning Sciences), no quadro do novo programa europeu Erasmus + (Ação-chave 2) - uma parceria com escolas da Letónia, Lituânia, Itália e Turquia, que tem como objetivo melhorar o ensino/aprendizagem das ciências (Biologia, Física e Matemática), através do intercâmbio de boas práticas letivas. Assim, além das práticas partilhadas nos encontros em que participaram alunos e professores e que envolveram uma preparação e seleção prévia, durante os dois anos letivos da sua duração, professores de ciências das escolas parceiras aplicaram planos de aula/tarefa preparados pelos colegas dos outros países, dando depois feedback sobre o modo como funcionaram nas suas aulas/escolas/países. Tal intercâmbio permitiu comparar currículos, metodologias, práticas de aula e de escola – uma aprendizagem mútua que alargou muito os horizontes dos professores e alunos participantes.
Não se pode dizer que a escola seja propriamente novata nestas andanças, porém, este projeto trouxe com ele muitas novidades: os projetos internacionais deixaram de estar cingidos aos professores de línguas e abriram-se a outras disciplinas, o projeto passou a ter duas vertentes: a ciência e o inglês. Inglês como língua de comunicação, quer entre os participantes, quer até na própria lecionação. Com uma totalidade de 100 alunos do curso de ciências e tecnologias do ensino secundário (9 em participação direta nos encontros internacionais) e 5 professores envolvidos, o projeto teve um impacto importante na escola, não obstante ser o culminar de um longo processo de internacionalizações.
Esse impacto foi partilhado não só na escola, em ações abertas aos alunos de todo o agrupamento, mas também nas Mostras do Ensino Superior e Secundário do Concelho de Almada de 2017 e 2018. As autoridades municipais também foram envolvidas, quer a Câmara de Almada, que nos facultou peças de artistas locais para presentarmos os colegas nos encontros internacionais, quer a Junta de Freguesia da Charneca e Sobreda, a quem muito agradecemos a presença no encontro que teve lugar na nossa escola em Setembro de 2017 e o apoio logístico concedido.
Foram muito intensos estes dois anos de um projeto que agora termina: os encontros em que participaram professores e alunos da ESDS, em que tanto alunos como professores se envolveram em atividades e workshops e realizaram visitas a centros educativos e de ciência; as práticas desenvolvidas na escola – aulas e tarefas letivas propostas por outros países e desenvolvidas por professores de matemática, biologia e física em aulas a turmas de ciências do secundário. Mas também o convívio e a aprendizagem informal que o contacto com colegas-professores e colegas-alunos proporcionou neste ambiente do SMiLES.
Assim, no final deste projeto e 15 anos, 630 mobilidades de alunos e 12 países parceiros depois, dificilmente se pode separar todo este percurso do percurso da própria escola e da sua identidade.
Para mais informações visite http://clubeuropeu.wordpress.com.