O Presidente Pedro Matias escreveu um artigo acerca do Movimento Cooperativo/Associativo no último Boletim da Aldeia Lar, edição de Dezembro de 2022.
Leia abaixo o artigo:
"«A importância do Movimento Cooperativo/Associativo na sociedade actual»
Falar sobre a importância do movimento cooperativo e associativo na sociedade atual constitui, só por si,um desafio que nos levaria muito longe e, naturalmente, incompatível com os limites de uma página.
Contudo é gratificante verificar que começa a surgir a preocupação de avaliar como o setor da economia social pode ser fundamental para o desenvolvimento económico e social do país.
Assim, começarei por referir que as “ferramentas” para avaliar a importância do terceiro setor na sociedade atual já estão criadas.
Em 2013, aprovada por unanimidade na Assembleia da República, a Lei de Bases da Economia Social veio consagrar o que a constituição da República, no seu artigo 82º define como sector cooperativo e social.
Esta Lei de Bases identifica, de forma clara, as organizações do terceiro setor por ela reconhecidas e que são: - as cooperativas; as associações mutualistas; as misericórdias; as fundações; as IPSS; as associações com fins altruísticos que atuem no âmbito cultural, recreativo, do desporto e do desenvolvimento local e, ainda, outras entidades dotadas de personalidade jurídica que respeitem os princípios orientadores da economia social.
Esta clara definição do terceiro setor veio, por sua vez, abrir caminho para que o Instituto Nacional de Estatística lançasse a Conta Satélite da Economia Social que, para surpresa de muitos, veio demonstrar a real dimensão do terceiro setor em Portugal.
Realmente, em Portugal, existem 71.885 organizações de economia social, das quais cerca de 50% são da área da cultura e recreio.
É digno de registo que, independentemente do menor interesse das instituições públicas, tanto a nível regional como nacional, relativamente ao terceiro setor, o número de organizações passou de 61.268 em 2013 para 71.885 em 2016.
Fica assim claramente demonstrada a força do terceiro setor que, mesmo contra todas as adversidades e faltas de apoio institucional, continua a crescer e a cumprir o seu papel ao serviço das comunidades e dos cidadãos.
Pela nossa parte, Junta de Freguesia da Charneca de Caparica e Sobreda, a cujo Executivo tenho a honra de presidir, estamos empenhados em apoiar o terceiro setor no quadro das nossas possibilidades."